sábado, 28 de abril de 2007

Guernica


A Câmara de Guernica, dirigindo-se ao povo espanhol, divulgou o seguinte comunicado:

" Em pé, diante deste microfone, quero contar o que os meus olhos viram no lugar do que já foi Guernica, e tomo Deus como testemunha.
Envergonhados pelo monstruoso crime que cometeram, os rebeldes apelam para a falsidade, para camuflar, para negar a mais vil das proezas da História, a total e absoluta destruição de Guernica.
Aquele dia fatal, 26 de Abril, era dia de mercado e a cidade estava cheia de gente. Em Guernica havia milhares de camponeses de toda a vizinhança, numa atmosfera de camaradagem basca, e ninguém suspeitava que uma tragédia se aproximava. Pouco depois das quatro da tarde, os aviões lançaram nove bombas no centro da cidade. Procurávamos os feridos, quando mais aviões surgiram, lançando todo o tipo de bombas, incendiárias e explosivas.
As feras que pilotavam tais aviões, logo que avistavam nas ruas ou fora da cidade uma figura humana, focalizavam as suas metralhadoras, semeando terror e morte, entre mulheres, crianças e velhos. Tal foi a tragédia de Guernica, cuja verdade, eu presidente da cidade, afirmo diante o mundo inteiro.
O Exército estacionado naquele dia, em Guernica, era exactamente a mesma que havia confraternizado todos esses meses com a população de Guernica, ganhando a sua afeição. Foi a primeira a prestar auxilio naqueles momentos terríveis. Não foi o nosso Exército que ateou fogo a Guernica, e se o juramento de um alcaide cristão e basco tem algum valor, juro diante Deus e a História que aviões alemães bombardearam cruelmente a nossa cidade até riscá-la do mapa."


Pablo Ruiz Picasso inspirado de certa forma neste dado histórico realizou uma grande obra de arte, "Guernica". Eu e a minha turma, em Oficinas de Artes, fizemos uma representação a cores de Guernica. A experiência foi boa, e aqui está o resultado.